quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Apesar do atraso, Kiss satisfaz fãs em Porto Alegre com show explosivo



O exército de seguidores do Kiss passou trabalho para acompanhar o primeiro show da turnê brasileira do grupo norte-americano, realizado na noite desta quarta-feira (14), em Porto Alegre. Após duas horas de atraso e filas gigantescas do lado de fora do ginásio do Gigantinho, o mais famoso quarteto maquiado do hard rock mundial abusou dos efeitos pirotécnicos para ajudar o público de 10 mil pessoas a esquecer as dificuldades da superprodução. Mas, depois de muitas explosões, papel picado e hits das mais de três décadas da banda, o público saiu incendiado.

Os problemas começaram do lado de fora do Gigantinho. Uma única porta foi aberta para o pátio do ginásio, e a decisão da produção resultou numa fila com centenas de metros até a escuridão do Parque Marinha do Brasil, que fica ao lado do terreno do Sport Club Internacional. Às 21h, nos primeiros acordes da banda de abertura, Rosa Tattooada, outros portões foram abertos e houve correria para entrar no ginásio.

Mas o tumulto foi em vão. Embora o Rosa Tattooada tenha empolgado, o público queria mesmo era ver o Kiss, o que só iria acontecer por volta das 23h25, quando a estrutura do palco finalmente ficou pronta. A produção alegou atraso de quatro caminhões que continham pedaços do palco do Kiss. Vindas de Assunção, no Paraguai, última parada da banda antes de Porto Alegre, as carretas tiveram problemas na aduana brasileira. O público ficou impaciente durante a espera e chegou a vaiar a produção quando um locutor pediu mais 30 minutos de paciência aos presentes.

O Kiss, no entanto, fez a espera valer a pena. Para esta turnê, Paul Stanley, Gene Simmons (os dois integrantes remanescentes da formação original, além de gerentes do império comercial que gira em torno do Kiss), Tommy Thayer e Eric Singer trouxeram um palco recheado de atrações pirotécnicas e telões, sem esquecer clássicos logísticos da banda, como o elevador da bateria. No repertório de 16 músicas (mais duas pausas para solos dos instrumentistas), o quarteto maquiado investiu em sucessos e algumas músicas do novo álbum, “Monster”, lançado no início de outubro.

No universo do Kiss, o rock está a serviço da diversão e, desde a primeira música, o clássico “Detroit Rock City”, os músicos abusam das caretas, das corridas pelo palco e da empolgação para levar o público ao delírio. Logo no início, a correria para aprontar o palco cobrou o seu preço: os vocais de Stanley estavam baixos e o microfone de Simmons tinha um mau contato que prejudicou a segunda canção, “Shout It Loud”. Mas as explosões, chamas e efeitos visuais no telão distraíram a plateia - uma mistura harmônica de adolescentes e roqueiros de meia idade, num sinal de renovação do público do Kiss. Paul Stanley conversa com os fãs a cada intervalo de música, gritando o nome de Porto Alegre e “Obrigado!” (em português mesmo) sempre que pode.

A banda também se apresentará em São Paulo (17 de novembro) e Rio de Janeiro (18 de novembro).

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